Lições do COVID 2: Quando o pânico toma conta

“Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.” Filipenses 4:6-7 ARA

Foi segunda de manhã quando recebi um telefonema do hospital que meu marido estava internado, era a médica. A princípio achei que seria apenas para passar informações que eu tinha solicitado, mas não era só isso uma vez que pacientes que estão no quarto recebem a visita dos médicos e os próprios pacientes enviam notícias para família, mas aquela manhã foi diferente.

A ligação da médica tinha sido porque o quadro tinha piorado, meu marido não tinha nem condições de me enviar notícias e por isso a ligação. O ponto do pânico foi quando ela falou que eles tentariam um procedimento para ver se melhorava a oxigenação, mas caso isso não acontecesse nas próximas horas o passo seguinte seria levá-lo para UTI. Finalizei a ligação, baixei minha cabeça, minha respiração começou a aumentar a frequência, eu estava tendo um princípio de crise de ansiedade, comecei a respirar fundo, estava chorando litros. Foi então que meu filho entrou e falou: “mãe, vamos dar uma caminhada? Você gosta de fazer exercício pra relaxar”, sem pensar duas vezes, disse: “vamos!”. Era como se eu estivesse tentando fugir daquele lugar de dor, pânico, preocupação. Fui chorando, mas fui! Ignorei qualquer ligação, mensagem, precisava encontrar meu ponto de equilíbrio.

Paramos o carro e começamos nossa caminhada, propus orarmos e então começamos. Oramos e oramos, mais a frente falei: “vamos declarar alguns salmos e palavras” e assim fizemos, salmos 103, salmos 91, salmos 121, o Pedro mencionou Gênesis e o poder de Deus para criar todas as coisas. Oramos novamente. No meio do caminho eu já não chorava mais, continuamos trocando palavras e orações conforme surgiam em nosso coração.

Foi então que a fé foi aumentando, a esperança se renovando, a mente voltando ao seu equilíbrio, o coração já não palpitava. Quando terminamos os 4Km já estávamos com a paz que excede todo entendimento. Comecei chorando, terminei em paz e a partir daquele momento não teve mais choro ou desespero, não tive mais medo, ao contrário a esperança cada vez mais aumentava.

Incrivelmente não recebi mais ligações do hospital naquele dia ou em outro, o que significou que o Anselmo não foi pra UTI, mesmo que lentamente começou a evoluir de forma positiva.

Como Deus é bom, não porque tudo se resolveu, até porque nesse momento que escrevo o Anselmo continua internado precisando melhorar os índices de oxigênio, mas porque Ele cuida de nós. Porque quando exercitamos o que ele nos propõe o resultado é exatamente o que Deus falou, é incrível porque aumenta ainda mais minha confiança. Deus não muda, sua palavra é verdadeira. Ele nos fez fortes e corajosos, precisamos apenas colocar isso em prática, exercer nossa fé e confiança.

Use as ferramentas que a Bíblia ensina, nesse caso foi colocar toda a minha aflição aos pés do Senhor e o que aconteceu foi exatamente o que diz que aconteceria, eu seria inundada pela paz que excede todo entendimento.

Pratique! Cresça! Use as tribulações como um meio de fortalecer seu caráter.

“lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” 1Pedro 5:7 ARA

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