Não despreze o banquete

Dois textos distintos que expressam o mesmo, o desprezo com presente que receberam por direito e que perderam.

No texto de Gênesis 25:19-34 conta a história do nascimento de Esaú e Jacó e fala também sobre a primeira vez que Esaú, por fome, despreza seu direito de primogenitura. A primogenitura naquela época não era pouca coisa, ela dava direito a todas as bênçãos e promessas recebidas e passada por gerações. Esaú e Jacó eram gêmeos, filhos de Isaque e netos de Abraão. 

Vamos agora para um texto que está no Novo Testamento, em Lucas 14:15-24. Jesus está jantando na casa de um fariseu e após curar uma pessoa no sábado e isso ser um “problema” entre eles, Jesus conta uma parábola sobre um banquete. Nessa parábola uma pessoa importante prepara um banquete e envia o convite para pessoas igualmente “importantes” e “honradas”, mas quando está tudo pronto o servo vai avisar essas pessoas para virem. Quando esse aviso chega, cada um deles começa a enviar desculpas para não participar. Eles desprezam esse convite. Ao saber disso, o dono da festa pede para que o servo traga todos os pobres, doentes, aleijados, ou seja, os não honrados para a festa. Ele sai pela rua convidando aqueles que seriam os últimos a receberem o convite.

Em ambas histórias o “primeiro” despreza aquilo que é direito, seja a primogenitura ou o convite para um banquete.

Creio que a história de Esaú e Jacó foi um prelúdio do que aconteceu milhares de anos depois. Jesus veio para os seus, mas os seus não o receberam. Porém, aqueles que o receberam e creram, foi lhes dado o direito de serem chamados filhos de Deus (João 1:10-11). O primogênito desprezou o banquete! O segundo, no caso Jacó, era de menor honra, assim como os doentes, aleijados, pobres, cegos e mancos, mas desejaram e aceitaram o convite e desfrutaram a honra do primeiro.

A morte e ressurreição de Jesus estendeu vida a todos os que aceitam o convite para o banquete do Reino de Deus. Todos os que com o coração crê e com a boca confessa que Jesus Cristo é o Senhor. Que ressuscitou dos mortos para que tivéssemos uma vida abundante são os que desfrutarão do banquete.

Não éramos os escolhidos, mas agora em Jesus nos tornamos elegíveis.

O convite está feito, não despreze o banquete!

Textos referência:

Aquele que é a Palavra estava no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Contudo, aos que o receberam, aos que creem no seu nome, deu‑lhes a autoridade de se tornarem filhos de Deus,“ João 1:10-12 NVI

se com a boca você confessar que Jesus é Senhor e crer no seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo.“ Romanos 10:9 NVI

”Este é o registro dos descendentes de Isaque, filho de Abraão: Abraão gerou Isaque. Ele tinha quarenta anos quando se casou com Rebeca, filha de Betuel, o arameu de Padã-Arã, e irmã de Labão, também arameu. Isaque orou ao Senhor em favor da sua mulher, porque era estéril. O Senhor respondeu à sua oração, e Rebeca, a sua mulher, engravidou. Os bebês lutavam entre si dentro dela, por isso perguntou: “Por que está me acontecendo isso?”. Foi, então, consultar o Senhor. O Senhor lhe disse: “Duas nações estão no seu ventre; desde as suas entranhas dois povos se separarão; um povo será mais forte que o outro, e o mais velho servirá ao mais novo”. Ao chegar a época de dar à luz, confirmou-se que havia gêmeos no seu ventre. O primeiro a sair era ruivo, e todo o seu corpo era coberto de pelos, como um manto; por isso, deram-lhe o nome de Esaú. Depois, saiu o seu irmão, com a mão agarrada no calcanhar de Esaú; por isso, deram-lhe o nome de Jacó. Isaque tinha sessenta anos de idade quando Rebeca os deu à luz. Os meninos cresceram. Esaú tornou-se caçador habilidoso, um homem dado ao campo, ao passo que Jacó era um homem tranquilo que ficava no acampamento. Isaque amava Esaú, porque saboreava as caças que lhe trazia; Rebeca amava Jacó. Certa vez, quando Jacó preparava um ensopado, Esaú chegou faminto, voltando do campo, e pediu-lhe: ― Por favor, deixe-me comer desse ensopado vermelho aí. Estou faminto! Por isso, Esaú foi chamado Edom. Jacó respondeu: ― Venda-me primeiro o seu direito de primogenitura. Esaú disse: ― Estou a ponto de morrer. De que me vale esse direito? Jacó, porém, insistiu: ― Jure-me primeiro. Ele lhe fez um juramento, vendendo o seu direito de primogenitura a Jacó. Então, Jacó serviu a Esaú pão com ensopado de lentilhas. Depois de comer e beber, ele se levantou e foi embora. Assim, Esaú desprezou o seu direito de primogenitura.“ ‭‭Gênesis‬ ‭25‬:‭19‬-‭34‬ ‭NVI‬‬

”Ao ouvir isso, um dos que estavam à mesa com Jesus lhe disse: ― Bem-aventurado aquele que comer no banquete do reino de Deus. Jesus respondeu: ― Certo homem estava preparando um grande banquete e convidou muitas pessoas. Na hora de começar, enviou o seu servo para dizer aos que tinham sido convidados: “Venham, pois tudo já está pronto”. ― Eles, porém, começaram, um por um, a apresentar desculpas. O primeiro disse: “Acabei de comprar uma propriedade e preciso ir vê-la. Por favor, desculpe-me”. ― Outro disse: “Acabei de comprar cinco juntas de bois e vou experimentá-las. Por favor, desculpe-me”. ― Ainda outro disse: “Acabo de me casar, por isso não posso ir”. ― O servo voltou e relatou isso ao seu senhor. Então, o dono da casa ficou irado e ordenou ao seu servo: “Vá rapidamente pelas praças e pelos becos da cidade e traga os pobres, os aleijados, os cegos e os mancos”. ― O servo disse: “O que o senhor ordenou foi feito, e ainda há lugar”. ― Então, o senhor disse ao servo: “Vá pelas ruas e pelos caminhos e insista que entrem, para que a minha casa fique cheia. Eu digo a vocês que nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete”.“ Lucas‬ ‭14‬:‭15‬-‭24‬ ‭NVI‬‬

Amar a quem “não merece”

O que antecede a parábola do “bom samaritano” (Lucas 10:25-37) é um diálogo entre um mestre da lei, ou seja, um homem entendido das leis de Deus e Jesus. O diálogo se inicia a partir de um desejo de desafiar Jesus. O Mestre da lei pergunta “o que FAREI para herdar a vida eterna?”, nessa época da história a salvação do povo estava relacionada ao cumprimento da lei. Jesus responde uma pergunta com outra pergunta “O que está escrito e como você interpreta?”, foi então que esse homem divide todas as leis em dois blocos, assim ele responde “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a mim mesmo”. Jesus disse: “muito bem, é isso! Se fizer isso, você viverá”.

Acontece que um diálogo que deveria acabar aí, continua. O homem faz outra pergunta: “mas quem é o meu próximo?” Nesse momento Jesus utiliza a parábola do bom samaritano para responder sua pergunta. Moral da história, todos são nosso próximo, especialmente aqueles que precisam da nossa misericórdia.

Parece óbvio, mas não é! Jesus estava ensinando amarmos os que julgamos merecer e também os que julgamos não merecer. Fazer aos que julgamos merecer, mas também fazer aos que julgamos não merecer. Quando alguém nos conta algo de bom que aconteceu, imediatamente falamos “que bom! Você merece!”

Quando fui curada de uma condição limitante e séria, escutava “você merece!”. Não, não fui curada porque mereço. Fui curada porque a misericórdia de Deus me encontrou. Nunca achei que tinha recebido algo porque merecia, na verdade, me sentia como em alguns dos casos em que Jesus falava “a tua fé te salvou”. Recebi misericórdia.

Estenda a sua mão a quem merece, mas também a quem não merece porque “que mérito há em amar aqueles que nos amam? Até os maus fazem isso!”. Faça sem esperar receber nada em troca. Sejam misericordiosos como Deus é misericordioso. Estenda o Reino de Deus a todos e os deixe experimentar a misericórdia de Deus por meio de você. Quando amamos quem “não merece” e estendemos o Reino de Deus, vemos cura, salvação, libertação. O amor constrange, servir a quem “não merece” constrange.

Se dependesse do merecimento para recebermos a salvação de Deus, estaríamos todos lascados!!!!!!

”― Se vocês amarem aqueles que os amam, que mérito terão? Até os pecadores amam aqueles que os amam. E, se fizerem o bem àqueles que são bons com vocês, que mérito terão? Até os pecadores agem assim! Que mérito terão se emprestarem a pessoas de quem esperam devolução? Até os pecadores emprestam a pecadores, esperando receber devolução integral. Amem, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem a eles sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão será grande, e vocês serão filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso para com os ingratos e maus. Portanto, sejam misericordiosos como é misericordioso o Pai de vocês.“ Lucas 6:32-36 NVI (grifo do autor)

Só conseguimos levar nossa cruz depois da revelação de quem Jesus é

Num diálogo com os discípulos Jesus pergunta: “Quem as multidões dizem que eu sou?”. ”Eles responderam: ― Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; ainda outros, um dos profetas do passado que ressuscitou. ― E vocês, quem dizem que eu sou? — perguntou. Pedro respondeu: ― O Cristo de Deus.“ Lucas 9:19-20 NVI (grifo do autor)

Percebendo Jesus que seus discípulos tinham a revelação de quem ele era pediu para que não contasse a ninguém porque muitas coisas deveriam acontecer antes de outros saberem.

Depois desse diálogo sobre quem as pessoas achavam que Jesus era e sobrem eles pensavam que era é que ele os advertiu:

”Jesus dizia a todos: ― Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá, mas quem perder a própria vida por minha causa a salvará. Pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder-se ou destruir a si mesmo? Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do homem se envergonhará dele quando vier na sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos.“ Lucas 9:23-26 NVI

Sem a revelação de que Jesus é o filho de Deus, o Messias, aquele que veio para restabelecer o que perdemos no Éden, o caminho para Deus, aquele que morreu e ressuscitou no terceiro dia e que está sentado a direita de Deus Pai, tudo isso para que aqueles que creem tenham vida eterna, sem essa convicção não conseguimos negar a nós mesmo, pegar diariamente nossa cruz e segui-lo. Sem essa revelação desistimos no caminho porque a nossa carne milita contra nosso espírito. Somos tendenciado a suprir os desejos da nossa carne, achamos que a felicidade está nisso enquanto a alegria está em fazer a vontade do Pai.

”Pois a carne deseja o que é contra o Espírito; o Espírito, o que é contra a carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam.“ Gálatas 5:17 NVI

Minha oração é a mesma de Paulo para a igreja de Éfeso:

”Peço que o Deus do nosso Senhor Jesus Cristo, o glorioso Pai, dê a vocês espírito de sabedoria e de revelação por meio do pleno conhecimento dele. Oro também para que os olhos do coração de vocês sejam iluminados, a fim de que conheçam a esperança para a qual ele os chamou, que são as riquezas da gloriosa herança dele concedida aos santos e a incomparável grandeza do seu poder para conosco, os que cremos, conforme a atuação da sua poderosa força. Deus exerceu esse poder em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e assentando-o à sua direita nas regiões celestiais, muito acima de todo governo e autoridade, poder e domínio, e de todo nome que se possa invocar, não apenas nesta era, mas também na que há de vir. Deus colocou todas as coisas debaixo dos pés dele e o designou cabeça de todas as coisas para a igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que enche todas as coisas em tudo.“ Efésios 1:17-23 NVI (grifo do autor)

Com o que nos preocupamos?

Lucas 8:26-39

A história é sobre um endemoniado que vivia sem roupa e ficava perto dos sepulcros. Quando viu Jesus, disse: ”― Que queres comigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Suplico-te que não me atormentes!“ Lucas 8:28 NVI

Jesus já tinha ordenado que o espírito imundo saísse dele. O homem parecia um louco, inclusive quebrava correntes e algemas e era levado a lugares solitários por esses espíritos.

Enfim, Jesus pergunta seu nome e o espírito responde: “Legião”, ou seja, não era apenas um espírito imundo, mas diversos. O significado de legião é grande número de seres vivos ou de coisas; multidão. Esses espíritos estavam bem apavorados com a presença de Jesus e pediram para que não os mandasse para o abismo. Jesus então viu uma manada de porco e mandou esses espíritos para lá. Os porcos quando foram “possuídos” se jogaram do precipício, caindo no lago se afogaram.

As pessoas que cuidavam desses porcos, viram o que tinha acontecido e correram contar para o restante da cidade. Foi então que Jesus foi convidado a se retirar da cidade.

Por sua vez, o homem que agora estava liberto pediu para seguir Jesus, porém ele o mandou embora e disse: ”― Vá para casa e conte tudo quanto Deus fez a você. Então, o homem foi e anunciou na cidade inteira quanto Jesus tinha feito por ele.“ Lucas 8:39 NVI

O texto não fala qual o resultado da pregação desse homem, mas o ponto que gostaria de chegar aqui é que uma libertação havia acontecido. Um homem cativo há anos, com comportamento de um louco tinha retomado o controle do seu próprio corpo porque este não era mais morada de demônios, um homem que apavorava uma cidade e que vivia nos sepulcros tinha sido liberto.

O povo da cidade estava tão abismado com o “suicídio” de porcos que ao invés de notar o que de fato tinha acontecido, expulsaram Jesus da cidade porque afinal ele que tinha causado aquela “desgraça”. A primeiro momento nem notaram tão grande salvação. Talvez por isso Jesus disse: Fique na cidade e conte a todos o que aconteceu.

E quanto a nós? Temos notado os milagres que acontecem ao nosso redor ou temos nos preocupado mais com aquilo que estamos perdendo ou deixando de ganhar?

Temos nos alegrado com o que Deus tem feito na vida de pessoas ou vivemos entristecidos com o que perdemos ou o que não temos e nem conseguimos nos alegrar ou ao menos notar as vitórias dos que estão por perto?

Que não sejamos como pessoas cegas e egoístas que só conseguem ver aquilo que acontece em seu próprio mundo, por outro lado que possamos contar todos os milagres que Deus tem realizado em nós para encorajar aqueles que nos rodeiam.

A chave para entrar no Reino de Deus – Lucas 15

Antes de tudo, se você tem um Bíblia, leia Lucas 15 ou vá até o final desse texto e leia a transcrição da passagem.

Existe uma palavra chave para entrarmos no Reinos de Deus que é ARREPENDIMENTO, a consciência de que não merecemos. Esse capítulo do livro de Lucas fala essencialmente disso.

Na parábola da ovelha perdida Jesus compara a ovelha ao pecador que se arrepende e diz que essa pessoa arrependida tem mais valor do que as 99 que são “boas” e não precisam se arrepender.

Na parábola da moeda perdida acontece a mesma coisa, essa moeda encontrada é comparada a um pecador que se arrepende e diz que os anjos se alegrarão por essa pessoa.

Por fim a parábola do filho pródigo usa o exemplo de pessoas para descrever as outras duas. O texto fala no versículo 18 que esse filho tem consciência de que não merece ser chamado de filho, diz que ele caiu em si.

Nosso arrependimento nos leva de volta a casa do Pai. Não são nossas ações ou o quanto nos julgamos bons que nos levará a uma vida com Deus Pai, o ARREPENDIMENTO primeiramente da rebeldia, da independência e autossuficiência e o reconhecimento de que através de Jesus, seu filho, que levou sobre si o pecado do mundo e ressuscitou no terceiro dia nos dará esse acesso. Aí então, recebemos o Espírito Santo que nos capacita a viver uma vida que agrada a Deus.

Nas 3 parábolas Deus vai ao encontro do arrependido e festeja sua volta para casa, de onde nunca deveríamos ter saído.

__________________________________________________________________________

“Então Jesus contou esta parábola: — Se algum de vocês tem cem ovelhas e perde uma, por acaso não vai procurá-la? Assim, deixa no campo as outras noventa e nove e vai procurar a ovelha perdida até achá-la. Quando a encontra, fica muito contente e volta com ela nos ombros. Chegando à sua casa, chama os amigos e vizinhos e diz: “Alegrem-se comigo porque achei a minha ovelha perdida.” — Pois eu lhes digo que assim também vai haver mais alegria no céu por um pecador que se arrepende dos seus pecados do que por noventa e nove pessoas boas que não precisam se arrepender. Jesus continuou: — Se uma mulher que tem dez moedas de prata perder uma, vai procurá-la, não é? Ela acende uma lamparina, varre a casa e procura com muito cuidado até achá-la. E, quando a encontra, convida as amigas e vizinhas e diz: “Alegrem-se comigo porque achei a minha moeda perdida.” — Pois eu digo a vocês que assim também os anjos de Deus se alegrarão por causa de um pecador que se arrepende dos seus pecados. E Jesus disse ainda: — Um homem tinha dois filhos. Certo dia o mais moço disse ao pai: “Pai, quero que o senhor me dê agora a minha parte da herança.” — E o pai repartiu os bens entre os dois. Poucos dias depois, o filho mais moço ajuntou tudo o que era seu e partiu para um país que ficava muito longe. Ali viveu uma vida cheia de pecado e desperdiçou tudo o que tinha. — O rapaz já havia gastado tudo, quando houve uma grande fome naquele país, e ele começou a passar necessidade. Então procurou um dos moradores daquela terra e pediu ajuda. Este o mandou para a sua fazenda a fim de tratar dos porcos. Ali, com fome, ele tinha vontade de comer o que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada. Caindo em si, ele pensou: “Quantos trabalhadores do meu pai têm comida de sobra, e eu estou aqui morrendo de fome! Vou voltar para a casa do meu pai e dizer: ‘Pai, pequei contra Deus e contra o senhor e não mereço mais ser chamado de seu filho. Me aceite como um dos seus trabalhadores.’ ” Então saiu dali e voltou para a casa do pai. — Quando o rapaz ainda estava longe de casa, o pai o avistou. E, com muita pena do filho, correu, e o abraçou, e beijou. E o filho disse: “Pai, pequei contra Deus e contra o senhor e não mereço mais ser chamado de seu filho!” — Mas o pai ordenou aos empregados: “Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Ponham um anel no dedo dele e sandálias nos seus pés. Também tragam e matem o bezerro gordo. Vamos começar a festejar porque este meu filho estava morto e viveu de novo; estava perdido e foi achado.” — E começaram a festa. — Enquanto isso, o filho mais velho estava no campo. Quando ele voltou e chegou perto da casa, ouviu a música e o barulho da dança. Então chamou um empregado e perguntou: “O que é que está acontecendo?” — O empregado respondeu: “O seu irmão voltou para casa vivo e com saúde. Por isso o seu pai mandou matar o bezerro gordo.” — O filho mais velho ficou zangado e não quis entrar. Então o pai veio para fora e insistiu com ele para que entrasse. Mas ele respondeu: “Faz tantos anos que trabalho como um escravo para o senhor e nunca desobedeci a uma ordem sua. Mesmo assim o senhor nunca me deu nem ao menos um cabrito para eu fazer uma festa com os meus amigos. Porém esse seu filho desperdiçou tudo o que era do senhor, gastando dinheiro com prostitutas. E agora ele volta, e o senhor manda matar o bezerro gordo!” — Então o pai respondeu: “Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que é meu é seu. Mas era preciso fazer esta festa para mostrar a nossa alegria. Pois este seu irmão estava morto e viveu de novo; estava perdido e foi achado.””
‭‭Lucas‬ ‭15:3-32‬ ‭NTLH‬‬

Lucas 6:26a (A Mensagem)

Tenho pensado em dois temas específicos: IDENTIDADE e ENCONTROS COM JESUS. Agora vou falar sobre o primeiro e em outra oportunidade sobre o segundo.

De acordo com a Bíblia, fomos feitos a imagem e semelhança de Deus, mas num determinado momento fomos corrompidos pelo PECADO, ou seja, o que era perfeitamente formado ficou deformado. Pensa num computador, quando compramos ele está perfeito, funcionando como esperamos que o faça, mas se por um acaso o sistema é afetado por um vírus, o que acontece? O computador fica corrompido e começa a fazer coisas que quando você comprou não esperava, como por exemplo, expor seus dados (Não entendo muito de sistemas, mas sei que o estrago pode ser grande com um vírus rsrsrs). Aí você chama um técnico e ele restaura seu computador e ele volta a funcionar como você espera e gostaria. Isso o livra de pegar novos vírus? Mesmo estando com um antivírus, o risco de corromper ainda existe, certo?

Sobre identidade, o computador deixou de ser computador porque pegou um vírus? O seu propósito foi mudado por conta disso, alguém conhece o computador pelos sintomas virais? NÃO.

Pois é, nossa identidade é mais ou menos isso. Quando Deus nos criou, éramos perfeitos, nos relacionávamos perfeitamente, tudo funcionava bem, até que o vírus (pecado) entrou e estragou, mas deixamos de ser a imagem e semelhança de Deus? Perdemos a nossa origem? Não, mas assim como um computador precisou de um técnico, nós precisamos de Jesus para reencontrar o propósito ao qual fomos criados. Aqueles que receberam Jesus e seu Espírito foram restaurados e os estragos causados pelo pecado foram resetados, não precisamos mais agir como se nosso sistema estivesse afetado, porque somos regidos pelo sistema perfeito e o Santo Espírito (anti vírus) nos capacita a uma vida com um “funcionamento perfeito”.

Jesus fala assim em Lucas 6: 26: “Coitados de vocês que dependem da aprovação dos outros, sempre preocupados em agradar a todos. Essa escravidão compromete a sinceridade”, entre os versículos 35-36 ele fala  “assumam sua identidade, criada por Deus. Procurem imitá-lo”.

É simples, se Jesus é aquele que estava no princípio e se através dele tudo se fez e como disse, a Bíblia fala que fomos feitos a imagem e semelhança deles (trindade), podemos imitar o Deus que se fez homem e habitou entre nós. Temos uma referência.

Nossa identidade está em Jesus, não precisamos nos comportar como a sociedade dita que façamos, nem precisamos ficar escravos de nosso passado e de nossas vergonhas. Porque agora, aqueles que estão em Cristo vestem roupas novas e são novas criaturas. Somos aceitos, somos amados, somos filhos e filhas que podem se relacionar com o Deus Eterno.

Tipo isso!!!!!!!!

Lucas 3

Enquanto estudava o evangelho de Lucas, o capítulo 3 me trouxe alguns pensamentos. O texto referido fala sobre o batismo de João e em seguida de Jesus.

Percebi que desde o princípio, os problemas são os mesmos e quero citar 3 ditos explicitamente no texto. João fala sobre um batismo de arrependimento (metanóia, mudança de mente e direção), mas aí ele identificou que as pessoas vinham, porém não mudavam de vida, depois de falar que não adianta nada “molhar a pele com a água” se as atitudes não mudam, a multidão perguntou “o que devemos fazer então?”. Como disse, João cita 3 posturas que devem ser evitadas:
1. Individualismo: “Quem tiver duas mudas de roupas dê uma para alguém, ele disse, e façam o mesmo com a comida”. Problema atual: individualismo, egoísmo, sucesso próprio. Proposto pelo reino: generosidade
2. Corrupção: Os cobradores de impostos também perguntaram o que deveriam fazer e João disse “Nada de extorsão. Cobrem apenas o que exige a lei”. Problema atual: desonestidade, corrupção, vantagem. Proposto pelo Reino: Honestidade, verdade
3. Violência: Os soldados também perguntaram e ele respondeu “Nada de violência nem chantagens, e estejam satisfeitos com o salário de vocês”. Problema atual: violência, desconfiança, insatisfação. Proposto pelo Reino: alegria, satisfação, contentamento.

Embora o batismo de João tivesse a ver com uma mudança de fora para dentro, o texto nos diz: “O protagonista desse drama, perante o qual sou apenas um figurante, acenderá a vida do Reino em vocês, um fogo interior, o Espírito Santo dentro de vocês, operando mudança de dentro para fora”.

A nova aliança nos dá o Espírito e se não temos nos arrependido (mudança de mente e ação), devemos nos questionar se realmente encontramos Jesus e seu Reino, pois ele necessariamente gera mudança na nossa vida, caráter, direção.

Espero que colabore com seu crescimento espiritual. O texto está em Lucas 3, na versão A Mensagem.